A China tem estado afastada da linha de frente do combate ao terrorismo internacional, mas depois da morte de três chineses no ataque ao hotel no Mali e da execução de Fan Jinghui, um chinês de 50 anos raptado em Setembro, o Presidente Xi Jinping veio garantir que o país vai reforçar os esforços de cooperação internacional e prometeu “arrasar de forma resoluta as operações terroristas que ameaçam vidas inocentes”.
Apesar de o presidente não ter concretizado como a China vai apoiar as coligações que já estão no front a combater o autoproclamado Estado Islâmico, o jornal espanholEl Confidencial diz que a resposta da China será “firme e clara” dentro e fora de fronteiras.
“Não podemos garantir que a China entre de forma direta, como a Rússia ou a França, mas teremos um papel mais ativo para garantir a segurança dos nossos cidadãos em todo o mundo”, disse um fonte do exército chinês ao jornal espanhol.
A China tem um exército com 2,3 milhões de soldados e o investimento em defesa cresceu 10% nos últimos cinco anos, com armamento poderoso e formação dos seus soldados, comparando-se já nalgumas áreas às forças armadas dos Estados Unidos.
É bom destacar que a China está envolvida num longo conflito com separatistas islâmicos da área ocidental de Xinjiang, sendo que alguns dos combatentes desta região já encontram-se na Síria e no Iraque combatendo nas fileiras do Estado Islâmico.
Além de reagir ao assassinato dos seus cidadãos, a China busca também apoio internacional para legitimar as ações que vem empreendendo a nível interno contra o inimigo comum.
Unir-se às coligações internacionais que estão realizando os ataques aéreos na Síria com algum tipo de apoio, assim como equipamento ou formação ao exército iraquiano que enfrenta o Estado Islâmico na frente de combate, pode resultar à China o apoio esperado.
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