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IGREJAS BRITÂNICAS PODERÃO SER ‘INSPECIONADAS’ PARA QUE NÃO ENSINEM MAIS SOBRE O CASAMENTO TRADICIONAL


Novas leis `anti-extremismo´ do Reino Unido podem ameaçar a liberdade religiosa, bem como o ensino nas classes de Escola Bíblica Dominical.

O alerta foi emitido por um grupo de parlamentares cristãos, alertando que as novas leis ‘anti-extremismo’ do Reino Unido podem ameaçar a liberdade religiosa, bem como o ensino nas classes de Escola Bíblica Dominical.

Um grupo de parlamentares cristãos do Reino Unido emitiu um comunicado, alertando que as classes de Escola Bíblica das igrejas estão próximas de serem proibidas de ensinarem sobre o casamento tradicional. A carta foi enviada ao jornal britânico ‘Telegraph’.

O grupo de parlamentares conservadores disse que as propostas governamentais com relação a este assunto são as de submeter as classes de Escolas Bíblicas Dominicais e outros grupos a ‘inspeções’, o que “poderia ter um efeito muito prejudicial sobre a liberdade de expressão e ensino das organizações religiosas”.

A carta assinada por Sir Gerald Howarth, Gary Streeter, David Burrowes e Fiona Bruce segue protestos de grupos cristãos que afirmam que a campanha política ‘anti-extremismo’ do governo é “altamente preocupante”, uma vez que também terá como alvo, grupos de jovens das igrejas e escolas dominicais.

“As propostas anti-extremismo do governo em sua forma atual representam um sério desafio para as visões cristãs tradicionais sobre uma série de questões”, disse Nola Leach, CEO de política pública da missão de caridade ‘CARE’ ao ‘Christian Today’.

“Nós estamos falando sobre o Estado interferir na vida da Igreja e na perspectiva de que haja inspectores infiltrados, assentados na parte de trás das igrejas, em todo o Reino Unido. Isso é altamente alarmante para dizer o mínimo”, lembrou.

As propostas do Ministério da Educação vieram depois que o primeiro-ministro alertou para um pequeno número de grupos muçulmanos, nos quais as crianças têm as suas “cabeças preenchidas com veneno e seus corações alimentados com ódio”.

A consulta de seis semanas sobre os planos do governo foi encerrada na última segunda-feira (11) e grupos cristãos pediram ao governo que reavalie a proposta de que estas classes de Escola Bíblica ou outros projetos venham a enfrentar ‘inspeções’.Isto significa que grupos de jovens poderia enfrentar sanções “por sua expressão de pontos de vista tradicionais sobre questões como o casamento”, segundo a carta dos deputados.

“Esta seria uma possibilidade intolerável, mas muito real dada a clara vontade do Departamento de Educação em investigar o que ele chama de “atividades proibitivos”, tais como “ensino indesejável … o que prejudica ou é incompatível com os valores britânicos fundamentais… Isso poderia desafiar o ensino cristão estabelecido”, escreveram os deputados.

“Ameaças aos valores britânicos originam predominantemente de certas estirpes do islamismo. É, pelo menos, desproporcional, se não absurdo, impor encargos intrusivos em todos os outros grupos religiosos sob o pretexto de que as tentativas de radicalização poderiam ser descobertas em qualquer organização”.

Os deputados reuniram vários grupos cristãos que manifestaram a sua consternação a respeito dos planos do governo.

O Instituto Cristão do Reino Unido disse que se as propostas não forem alteradas, representam um “ataque sem precedentes sobre a liberdade de religião do país”.

No entanto, o governo insistiu que não está propondo a regulação das escolas dominicais, sendo que estas classes só ensinam as crianças “por um período curto a cada semana”.

“Nós estamos olhando especificamente para lugares onde as crianças recebem educação intensiva, para garantir que as crianças convivam em um ambiente seguro, que não as submeta a pontos de vista intolerantes e odiosos”, disse uma porta-voz do Departamento de Educação.

“Nós reconhecemos muitas definições de educação fora das escolas que fazem um grande trabalho no apoio à educação das crianças e as nossas propostas se concentram em certificar-se que na minoria de casos em que existem preocupações levantadas pelos pais e outros sobre questões de extremismo, crueldade contra crianças ou ensino inadequado, o governo possa tomar medidas para proteger as crianças”.

Via: Guia-me e Christian Post

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