De acordo com o renomado especialista em contraterrorismo Sebastian Gorka, o Estado Islâmico nunca escondeu suas intenções de acelerar a chagada do fim do mundo. Seguindo a tradição islâmica, eles pretendem provocar a “jihad final”. Seu objetivo apocalíptico estava claro desde a fundação, como revela o verdadeiro nome do grupo terrorista.
Gorka, autor do livro Defeating Jihad: The Winnable War, inédito no Brasil, é professor de Teoria Militar na Universidade da Marinha Americana e da cadeira de Segurança Nacional na Universidade de Georgetown. Em palestra recente, onde abordou as dificuldades da igreja perseguida, lembrou que Estado Islâmico é o nome ocidental, mais recente.
Na sua origem, o grupo adotou o nome de ISIL, pois estava concentrado no Iraque e no Levante (região costeira que vai do Egito à Turquia). Mais tarde passou a ser chamado de ISIS, adotando de vez o nome da Síria.
De acordo com o Christian Post, o especialista deixa claro que para o serviço de inteligência do governo americano, o nome quer dizer muita coisa. “Quando você faz preparação para o campo de batalha, se prepara para ir para uma guerra, quem você chama de inimigo?”, questiona.
Antes de afirmarem ser um califado mundial, em 2014, seu nome sempre foi DAESH. Esse acrônimo árabe refere-se a “Estado Islâmico do Iraque e de al-Sham”. Para um muçulmano, esse é um termo muito importante. Sebastian Gorka explica que essa é uma área com significado teológico “muito mais profundo” dentro da escatologia do Islã.
“Como toda religião, o Islã tem uma perspectiva para o fim dos tempos. Assim como na escatologia cristã, haverá um período final de tribulação e dia do julgamento, além de uma série de batalhas entre os fiéis e os infiéis”, esmiúça. “Antes de serem ressuscitados e julgados por Alá no julgamento final, haverá uma série de batalhas em al-Sham. A jihad fundamental, a último jihad ocorrerá neste território.”
Para o professor, isso explica em grande parte como o grupo tem sido tão eficaz em recrutar estrangeiros para lutar no Iraque e na Síria, além de despertar simpatizantes em quase todo o mundo, dispostos a realizar ataques terroristas onde vivem.
“É crucial entendermos o quão poderosa é essa mensagem, porque quando o ISIS usa a internet, seja Twitter, Facebook ou Telegram e diz: ‘Nós somos o Estado Islâmico do al-Sham’, qual é a mensagem que estão enviando? Você já quis ser um jihadista? Você já pensou sobre sua salvação? Olhe onde estamos, no local da jihad final! Se você não vier agora vai perder a chance de salvação garantida”, resume.
Segundo estatísticas não confirmadas, mais de 86.000 pessoas juntaram-se aos grupos extremistas no Iraque e na Síria nos últimos cinco anos. Destes, 36.000 vieram de outros países islâmicos e 6.000 são ocidentais. O Estado Islâmico quer o “fim do mundo”, não propagar uma religião, acredita Gorka.
Cenário apocalíptico
Estudiosos do islamismo afirmam que o “sucesso” do grupo terrorista liderado por Abu Bakr al-Baghdadi ocorre por que os muçulmanos acreditam que eles cumprem profecias antigas. Esse é o motivo pelo qual o EI conquistou a cidade síria de Dabiq, que fica muito próxima da capital do califado, Aleppo. Em alguns de seus discursos, al-Baghdadi tenta convencer seus seguidores que o apocalipse já começou e eles são os guerreiros de Alá.
William McCants, do Centro Brookings para Política do Oriente Médio, afirma que essas previsões apocalípticas não vêm do Alcorão, mas da literatura religiosa conhecida como o Hadith, uma compilação de ensinamentos atribuídos ao profeta Maomé por seus seguidores mais de cem anos após sua morte.
A volta da decapitação como forma de punição dos inimigos e a inauguração de um califado é apenas alguns dos vários acontecimentos que o Hadith aponta como início do fim do mundo. A ideia é que o Islã estaria se fortalecendo ao retomar as práticas dos tempos de sua fundação por Maomé. Também ensina que o Apocalipse será anunciado pela guerra em Damasco, capital da Síria, de um “anticristo”, chamado pelo Islã de ad-Dajjal.
As profecias afirmam que esse ad-Dajjal governará num momento em que a homossexualidade e a imoralidade se tornarem regra no mundo. Ele irá dividir os muçulmanos em uma grande guerra até que ser derrotado após o surgimento de uma figura messiânica chamada de “Madhi”.
Esse poderoso guerreiro se levantará na Arábia Saudita, na cidade sagrada de Meca, onde reunirá seu exército. Receberá então o apoio de Jesus Cristo que, segundo o Hadith, aparecerá “em algum momento durante o final dos dias”.
Os muçulmanos que estarão ao lado do Madhi vencerão uma “grande batalha” contra os que foram enganados por ad-Dajjal. Ele passará a governar o mundo até o grande dia do julgamento, previsto para ocorrer depois da “batalha final”, que terá lugar em Dabiq.
Gorka, autor do livro Defeating Jihad: The Winnable War, inédito no Brasil, é professor de Teoria Militar na Universidade da Marinha Americana e da cadeira de Segurança Nacional na Universidade de Georgetown. Em palestra recente, onde abordou as dificuldades da igreja perseguida, lembrou que Estado Islâmico é o nome ocidental, mais recente.
Na sua origem, o grupo adotou o nome de ISIL, pois estava concentrado no Iraque e no Levante (região costeira que vai do Egito à Turquia). Mais tarde passou a ser chamado de ISIS, adotando de vez o nome da Síria.
De acordo com o Christian Post, o especialista deixa claro que para o serviço de inteligência do governo americano, o nome quer dizer muita coisa. “Quando você faz preparação para o campo de batalha, se prepara para ir para uma guerra, quem você chama de inimigo?”, questiona.
Antes de afirmarem ser um califado mundial, em 2014, seu nome sempre foi DAESH. Esse acrônimo árabe refere-se a “Estado Islâmico do Iraque e de al-Sham”. Para um muçulmano, esse é um termo muito importante. Sebastian Gorka explica que essa é uma área com significado teológico “muito mais profundo” dentro da escatologia do Islã.
“Como toda religião, o Islã tem uma perspectiva para o fim dos tempos. Assim como na escatologia cristã, haverá um período final de tribulação e dia do julgamento, além de uma série de batalhas entre os fiéis e os infiéis”, esmiúça. “Antes de serem ressuscitados e julgados por Alá no julgamento final, haverá uma série de batalhas em al-Sham. A jihad fundamental, a último jihad ocorrerá neste território.”
Para o professor, isso explica em grande parte como o grupo tem sido tão eficaz em recrutar estrangeiros para lutar no Iraque e na Síria, além de despertar simpatizantes em quase todo o mundo, dispostos a realizar ataques terroristas onde vivem.
“É crucial entendermos o quão poderosa é essa mensagem, porque quando o ISIS usa a internet, seja Twitter, Facebook ou Telegram e diz: ‘Nós somos o Estado Islâmico do al-Sham’, qual é a mensagem que estão enviando? Você já quis ser um jihadista? Você já pensou sobre sua salvação? Olhe onde estamos, no local da jihad final! Se você não vier agora vai perder a chance de salvação garantida”, resume.
Segundo estatísticas não confirmadas, mais de 86.000 pessoas juntaram-se aos grupos extremistas no Iraque e na Síria nos últimos cinco anos. Destes, 36.000 vieram de outros países islâmicos e 6.000 são ocidentais. O Estado Islâmico quer o “fim do mundo”, não propagar uma religião, acredita Gorka.
Cenário apocalíptico
Estudiosos do islamismo afirmam que o “sucesso” do grupo terrorista liderado por Abu Bakr al-Baghdadi ocorre por que os muçulmanos acreditam que eles cumprem profecias antigas. Esse é o motivo pelo qual o EI conquistou a cidade síria de Dabiq, que fica muito próxima da capital do califado, Aleppo. Em alguns de seus discursos, al-Baghdadi tenta convencer seus seguidores que o apocalipse já começou e eles são os guerreiros de Alá.
William McCants, do Centro Brookings para Política do Oriente Médio, afirma que essas previsões apocalípticas não vêm do Alcorão, mas da literatura religiosa conhecida como o Hadith, uma compilação de ensinamentos atribuídos ao profeta Maomé por seus seguidores mais de cem anos após sua morte.
A volta da decapitação como forma de punição dos inimigos e a inauguração de um califado é apenas alguns dos vários acontecimentos que o Hadith aponta como início do fim do mundo. A ideia é que o Islã estaria se fortalecendo ao retomar as práticas dos tempos de sua fundação por Maomé. Também ensina que o Apocalipse será anunciado pela guerra em Damasco, capital da Síria, de um “anticristo”, chamado pelo Islã de ad-Dajjal.
As profecias afirmam que esse ad-Dajjal governará num momento em que a homossexualidade e a imoralidade se tornarem regra no mundo. Ele irá dividir os muçulmanos em uma grande guerra até que ser derrotado após o surgimento de uma figura messiânica chamada de “Madhi”.
Esse poderoso guerreiro se levantará na Arábia Saudita, na cidade sagrada de Meca, onde reunirá seu exército. Receberá então o apoio de Jesus Cristo que, segundo o Hadith, aparecerá “em algum momento durante o final dos dias”.
Os muçulmanos que estarão ao lado do Madhi vencerão uma “grande batalha” contra os que foram enganados por ad-Dajjal. Ele passará a governar o mundo até o grande dia do julgamento, previsto para ocorrer depois da “batalha final”, que terá lugar em Dabiq.
Por Jarbas Aragão - Gospel Prime
0 Comentários