Flavio MorgensternOs ditadores bolivarianos aliados ao PT romperam relações diplomáticas
com o Brasil. Sem mesada, pode ser o começo do fim do bolivarianismo.
Evo
Morales, o caudilho da Bolívia que se diz índio sem o ser, ameaçou
romper relações diplomáticas com o Brasil caso o impeachment se
confirmasse no Senado. Rompeu. Em sua esteira veio Nicolás Maduro, o
ditador da Venezuela que fez qualquer reacionário sentir saudade até de
Hugo Chávez. Logo atrás, Rafael Correa, ditador bolivariano do Equador.
As ameaças são sérias. O que o Brasil
perde sem relações com ditaduras bolivarianas? Não teremos apito, nem
cocaína e nem comunismo. Como viver sem isso?
Sentiremos muita falta dos apitos.
O impeachment se saiu melhor do que o
esperado. A esquerda latino-americana, consubstanciada em figuras
patéticas e medonhas como os socialistas bolivarianos Maduro, Morales e
Correa, que não conseguem ser publicamente defendidos nem pela esquerda
que não seja 100% cabeça dura e oca, perdeu junto com Dilma.
Nada mais comemorativo: o Foro de São Paulo, maior think tank do
mundo, que lutou pela transformação da América Latina na “Pátria
Grande” socialista voltada para Cuba, começa a se esfacelar. Toda a
“ameaça” que estes gigantes da tecnologia, da ciência, do comércio e da
importância cultural podem fazer é… retirar seus embaixadores.
É ainda uma ameaça leve: Evo Morales,
por exemplo, pode muito bem ameaçar o Brasil com a poderosíssima Marinha
da Bolívia, causando um choque militar entre as duas potências que
exigirá muitos estilingues do Brasil para evitar um confronto pesado.
Os venezuelanos, bolivianos,
equatorianos e afins no Brasil provavelmente se sentem mais seguros
longe dos esbirros das ditaduras das quais fugiram, trocando-as por um
país de socialismo menos avançado.
Mantínhamos relações de pornográfica proximidade – dir-se-ia, de cumplicidade com os atentados aos direitos humanos nestes países – não por questões diplomáticas de fato,
mas simplesmente pela ideologia do PT, o mais das vezes escamoteada e
escondida do grande público, com silêncio obsequioso e cúmplice da
mídia.
A esquerda revelou sua face no
impeachment: é uma coisa vergonhosa, ideologia ultrapassada que só
provocou miséria, sempre falando em “social” e, hoje, “distribuição de
renda” (ou seja, economia controlada por um ditador). No dizer de Joseph
Sobran, só é possível corrigir a desigualdade social com uma brutal
desigualdade de poder político. Pergunte a qualquer cubano.
Sem o PT no poder, a “cara limpa” para o
mundo que financia ditaduras moribundas e assassinas por debaixo do
olhar da imprensa, acabou a mesada e a fonte inesgotável, como seus
contratos com a Odebrecht para financiar portos em Cuba que a própria
população cubana não pode usufruir (do contrário, a população da única
ilha do mundo sem pescadores usaria o porto para fugir para Miami).
Pode significar, e tudo leva a crer que
significa, a primeira peça do dominó do Foro de São Paulo caindo,
levando consigo todas as outras peças em questão de anos, talvez meses.
Basta ver as projeções de continuidade do poder de ditadores
totalitários como Maduro, Morales e Correa.
O impeachment, afinal, se saiu ainda melhor do que as pessoas que defendem um mundo livre esperavam.
Fonte: SensoIncomum
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