Após uma reunião neste domingo (25) com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, o candidato republicano Donald Trump prometeu que reconhecerá Jerusalém como a capital "unificada" de Israel, se for eleito presidente dos Estados Unidos.
O encontro privado de cerca de uma hora aconteceu na residência do magnata, a Trump Tower, em Nova York, na véspera do primeiro debate presidencial contra sua oponente, a democrata Hillary Clinton.
"Trump reconheceu que Jerusalém foi a capital eterna do povo judeu por mais de 3.000 anos, e que os Estados Unidos, sob o governo Trump, finalmente aceitarão o mandato do Congresso de reconhecer Jerusalém como a capital unificada do Estado de Israel", declarou sua equipe de campanha em um comunicado.
Israel ocupou a metade leste de Jerusalém durante a guerra contra os árabes, em 1967, e a anexou a seu território em 1980, declarando a totalidade de Jerusalém como sua capital.
"O primeiro-ministro Netanyahu discutiu com Trump assuntos relacionados à segurança de Israel e seus esforços para conseguir a estabilidade e a paz no Oriente Médio", indicou o gabinete do líder israelense em um comunicado, no qual não mencionou a promessa de Trump sobre Jerusalém.
Os Estados Unidos e a maioria dos países-membros das Nações Unidas desconhecem a anexação de Jerusalém e consideram que o status definitivo do território é um têma-chave que deve ser resolvido em negociações de paz com os palestinos.
Em outubro de 1995, o Congresso americano aprovou uma lei pelo reconhecimento de Jerusalém unificada como capital de Israel e que autoriza recursos para mudar a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém.
Nenhum presidente americano implementou a lei, considerando que implicaria a violação da autoridade do Executivo em Política Externa.
Trump também conversou com Netanyahu sobre a experiência de Israel com "o muro de segurança" usado para dividir Israel da Cisjordânia.
Durante a campanha, o candidato republicano vem prometendo construir um muro ao longo da fronteira dos Estados Unidos com o México para evitar a passagem de imigrantes.
Via: AFP
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