O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (5) no Vaticano o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan. Conforme divulgado à imprensa, entregou a ele um medalhão com cerca de 20 centímetros de diâmetro.
A peça mostra um anjo unindo os hemisférios norte e sul, enquanto luta contra a figura de um dragão. O chefe de Estado turco ouviu do pontífice: “Este é um anjo da paz, que estrangula o demônio da guerra. É o símbolo de um mundo baseado na paz e na justiça”.
Eles tiveram uma reunião privada com duração de 50 minutos. No final, Francisco, que comumente expressa horror diante das guerras, não comentou a invasão da Turquia sobre a região de Afrin, no norte da Síria, onde foram mortos centenas de civis.
A justificativa dos turcos é que as milícias curdas das Unidades de Proteção do Povo (YPG), que controlam a região são “terroristas”, embora sejam aliados dos Estados Unidos e combateram o Estado Islâmico nos últimos anos.
Ainda segundo a imprensa, Erdogan agradeceu ao Papa por ter “contestado” a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Conforme havia sido anunciado, eles debateriam o “futuro” da cidade, mas não foi revelado o conteúdo da conversa.
No comunicado oficial, o papa e Erdogan apenas ressaltaram “a necessidade de se promover a paz e a estabilidade na região através do diálogo e da negociação, com respeito dos direitos humanos e da legislação internacional”. Com informação das agências
(Jarbas Aragão - Gospel Prime)
Reunião entre Papa e Erdogan teve foco em Jerusalém
Como era esperado, a questão envolvendo a situação tensa em Jerusalém foi o foco das conversas entre o papa Francisco e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante a reunião desta segunda-feira (5) no Vaticano.
De acordo com a imprensa vaticana, os dois debateram "a situação do Oriente Médio, com particular referência ao status de Jerusalém, evidenciando a necessidade de promover a paz e a estabilidade na região através do diálogo e da negociação, no respeito aos direitos humanos e da legalidade internacional".
Erdogan liderou os protestos internacionais dos países islâmicos quando, em 6 de dezembro do ano passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital de Israel. O Vaticano, assim como a ONU, a União Europeia e todos os maiores países do mundo, criticaram a medida e pediram o respeito às convenções das Nações Unidas sobre o tema.
UOL
0 Comentários