Cristãos devotos são principalmente pró-vida, e 75 por cento de todos os americanos acreditam que o aborto deveria ser limitado ao primeiro trimestre da gravidez. Então é claro que num artigo de “Atos de Fé,” Julie Zauzmer do Washington Post descobre um grupo de líderes religiosos orando dentro de uma infame clínica que oferece abortos no último mês de gravidez. Ela cita o pastor batista Carlton Veazey suplicando a Deus em favor do médico, funcionários e pacientes da clínica: “Protege-os e fortalece-os. E que eles sempre saibam que tudo o que eles fazem é para a Tua glória.”
“O que eles fazem,” é o problema, e Zauzmer está tratando como celebridades quatro pastores evangélicos e um rabino por abençoarem isso. A clínica, que fica na cidade de Bethesda, em Maryland, é dirigida por LeRoy Carhart, um fanático que faz abortos de último mês de gravidez e matou uma de suas pacientes num aborto malfeito em 2013 — um incidente do qual ele literalmente fugiu. A mulher tinha 33 semanas de gravidez.
Zauzmer não menciona o histórico de Carhart, o retrata como um assistente social inconformista e diz que ele acredita “muito fortemente” em Deus. Carhart “sente que está praticando sua fé ao ajudar mulheres no que é muitas vezes o pior momento de suas vidas — a doença ou outra circunstância devastadora que as leva ao consultório dele.”
Engraçado, mas você precisa ler até quase o final do artigo de mil palavras para descobrir o que trouxe Veazy e seus colegas ao consultório de Carhart. Não foi uma visita de improviso. Eles são todos membros da Coalizão Religiosa de Escolha Reprodutiva, uma organização esquerdista que diz que “traz a força moral da religião para proteger e avançar a saúde, escolha, direitos e justiça reprodutiva por meio de conscientização, testemunho profético, presença pastoral e ativismo.” E — a interseccionalidade seja louvada! — essa organização está preocupada com o “tsunami de injustiça e opressão” que está no momento esmurrando os imigrantes ilegais. Veazy é ex-presidente dessa organização “majestosa.”
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