Após a onda de ataques sexuais registrada na Alemanha, cometida por refugiados originários de países de maioria muçulmana conflagrados pelas atividades do Estado Islâmico, a administração das piscinas públicas da cidade de Munique decidiu por afixar cartazes em suas instalações pedindo que os asilados "não toquem os traseiros das mulheres", e que "respeitem todas as cidadãs, de forma independente do modo de se vestir escolhido pela potencial vítima".O portal de notícias The Blaze, que cobriu de forma abragente a sucessão de crimes testemunhada desde as festividades de final de ano, divulgou ontem, dia 12, a adoção dos cartazes.
Os idiomas nos quais os cartazes estão redigidos são o francês, o árabe, o afegão e o somali. Os alertas ilustram, entre outras cenas, uma situação na qual a mão de um homem é estendida em direção às costas de uma mulher, que usa biquíni. Um sinal de "proibido" indica que molestar mulheres frequentadoras da piscina é uma atitude que não será aceita. Os cartazes também mostram mulheres vestidas em dois tipos de roupas de banho ocidentais e em trajes permitidos pela religião maometana, com dizeres pedindo que os refugiados "respeitem as cidadãs, não importando qual roupa estejam vestindo". A decisão de espalhar os avisos não foi adotada pela primeira vez em 2016 - ela já teria sido tomada em situação similar, dois anos atrás, e foi aplicada novamente em decorrência da atual crise.
O site jornalístico alemão The Local, que também discutiu a medida, informa que a cidade de Bornheim - que fica a 17 quilômetros de Colônia, onde ocorreram mais de 500 crimes perpetrados por gangues de indivíduos vindos do Oriente Médio durante o ano novo - emitiu comunicado a respeito de "restrições à entrada de refugiados maiores de 18 anos nas piscinas públicas, após seis mulheres realizarem queixas de comportamento sexualmente ofensivo por parte dos imigrantes, nestes locais". A medida, ainda conforme o veículo de comunicação alemão, tem como objetivo "deixar claro para esses homens que os direitos das mulheres são invioláveis, na Alemanha", nas palavras do porta-voz oficial da cidade, Rainer Schumann. As autoridades locais afirmam que a proibição à entrada dos refugiados ficará em vigor até que o público "pegue a mensagem", segundo a matéria publicada no The Blaze.
Bettina Hess, assessora de imprensa da administração da cidade de Munique, lamenta que os cartazes tenham que ser implantados, apesar de o governo local não ter chegado às restrições mais severas postas em prática em Bornheim. Para a porta-voz, "infelizmente, a rega básica do respeito às mulheres - e não importa qual roupa elas estejam vestindo - não é respeitada. Essa é a razão de adotar uma mensagem tão explícita".
A onda de ataques sexuais contra mulheres afetou ao menos mais quatro cidades, além de Colônia - incluindo Hamburgo, Frankfurt, Stuttgart e Bielefeld. Outros cinco países também identificaram ocorrências similares, no mesmo período e cometidas por grupos idênticos aos responsáveis pelos transtornos na Alemanha. Ao menos um país do Leste Europeu reforçou a retórica contrária à imigração de muçulmanos para a Europa - a o governo eslovaco já tinha sinalizado a possibilidade de permitir apenas o ingresso de refugiados de origêm cristã em seu território.
Entrevista a um veículo de comunicação local divulgada pelo jornal The Guardian sobre a proibição em Bornheim:
Via: http://diariodainsurgencia.blogspot.com.br/
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